Por onde andas?

Por onde andas?
Faz tempo que não ti vejo, tanta saudade correndo na minha veia, tanta vontade de ver-te de novo, para de novo abraçar-te e ver a magia que nasce na tua boca. Já esqueci do dia em que não pensei em ti, sempre quando vou dormir, vem varias fotografias em minha memoria, invades-me sem pedir permissão, e tomas conta do meu ser.

Faz tempo que não escrevo nada, pois quando escrevo tiro aos poucos esse sufoco de dentro de mim, e pouco a pouco vou te perdendo ainda mais, e lá no fundo não é isso que quero.

Talvez melhor assim, mas o que mais me dói é perder o sentimento que sinto por ti, e não voltar a sentir nunca mais, pois é como a casca de ovo, quando abre nunca se junta como era antes.

Eu não estou aqui para questionar como seria se eu tivesse tomado outro caminho, estou aqui para seguir, hoje é fruto de uma decisão que tomei ontem, e está sendo o que deve ser. Na vida estamos sujeitos a escolhas, é difícil prever o resultado.

Aventurei nas esquinas da vida, o tempo é uma questão de esquecimento, e tudo pode voltar, mesmo que com personagens diferentes, tempo é bala para esse sentimento.

Anilton Levy, in: Ultimas Gotas

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